O médico alergista tem papel primordial no processo de diagnóstico e tratamento desses pacientes. Junto com outros especialistas, como pediatra, pneumologista, clínico geral e otorrino ele vai conduzir uma avaliação clínica para achar a causa das infecções de repetição.
Vários exames podem ser solicitados dependendo da suspeita diagnóstica do alergista. Geralmente a parte alérgica é avaliada pelo prick teste (teste de alergia), a parte imunológica é avaliada através do exame de sangue e também são solicitados exames de imagem. Eventualmente, outros exames mais complexos podem ser solicitados como teste do suor para avaliar fibrose cística, exames genéticos, broncoscopia, audiometria e etc.
Durante o processo é importante esclarecer os pais e responsáveis que o sistema imunológico das crianças pequenas não é tão maduro quanto o de um adulto. Por isso, são naturalmente mais predispostas a infecções de repetição nos primeiros anos de vida. Conforme o sistema imunológico se torna mais maduro, o número de infecções reduz. Até dez resfriados por ano é considerado comum para uma criança pequena, especialmente se frequenta escolinha ou convive com outras crianças.
O diagnóstico dos processos alérgicos é de suma importância. A rinite alérgica é muito comum no paciente jovem e causa sintomas nasais de repetição, como nariz entupido, secreção nasal e espirros. Por esse motivo, pode ser confundido com resfriados e sinusites de repetição. E as rinites alérgicas podem, inclusive, evoluir para uma sinusite. Também é comum que crianças com asma e bronquite tenham o diagnóstico equivocado de pneumonia no pronto socorro e procuram o especialista achando que têm pneumonia de repetição. A hipertrofia de adenoide (carne no nariz) é outro fator que tem que ser avaliado. As imunodeficiências primarias são doenças potencialmente graves e precisam ser avaliadas pelo alergista e imunologista.
Existem 10 sinais de alerta variados que todos devem ficar atentos e procurar o especialista caso sejam identificados:
Existem mais de 100 tipos de imunodeficiências descritas na literatura médica. Algumas muito graves e que podem levar ao óbito já nos primeiros meses de vida, e outras mais brandas e tratáveis com medicações específicas, como infusão de imunoglobulinas, uso preventivo de antibióticos e transplante de medula óssea. Algumas imunodeficiências podem até não causar sintomas ou melhorar com a idade.
É muito importante que o paciente que acha que está com a imunidade baixa ou apresentando infecções frequentes procure um alergista/imunologista para avaliação. Se não for nada grave, ele será devidamente orientado, porém, pode ser uma doença séria e que precise de cuidados especiais. Procure um médico especialista.
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