TRATAMENTO PARA DERMATITE ATÓPICA NO RJ

A dermatite atópica é uma doença alérgica que se dá por um processo inflamatório da pele. Há períodos de melhora e de piora, que podem ocorrer em intervalos de dias, meses ou anos entre uma crise e outra. Também existem casos crônicos de dermatite, em que os intervalos de melhora não ocorrem e o paciente apresenta inflamação contínua. A dermatite atópica não é contagiosa e está frequentemente associada a outras alergias, como rinite e asma. Possui também fator hereditário, que influencia, inclusive, na secura da pele, além dos fatores comuns que causam crises de dermatite, como: alimentos que causam alergia no paciente, ácaros, fungos, pelos de animais, poeira, perfumes e até o próprio suor. É importante saber que o fator emocional também pode desencadear crises ou piorar os quadros. A dermatite ocorre quando há diminuição na produção de gorduras naturais, deixando-a mais ressecada. Esse ressecamento provoca coceira e feridas que facilitam a infecção por bactérias e fungos. Um dado importante sobre a dermatite atópica diz respeito ao emocional do paciente. Metade das pessoas adultas que apresentam casos mais severos de dermatite sofre de ansiedade ou depressão,  e 55% apresenta problemas para dormir por conta da coceira que atrapalha o sono.

O tratamento da dermatite atópica consiste em três pilares fundamentais. O que vai indicar o melhor tratamento é o diagnóstico das causas e efeitos da dermatite atópica de maneira individualizada, considerando o histórico do paciente.

Irritantes são os fatores que desencadeiam crises de dermatite. Os mais comuns são amaciantes, sabão, detergentes, roupas sintéticas, etiquetas, materiais abrasivos, poluentes, produtos químicos e condições climáticas, como temperatura e umidade. Para evitar as crises, o alérgico pode adotar alguns costumes no dia a dia, como: usar sabão de glicerina neutro para lavagem das roupas e lavar roupas novas antes do primeiro uso. Sempre que possível, dê preferência aos tecidos 100% algodão. Os banhos devem ser rápidos, sem ultrapassar os 10 minutos, e respeitando o máximo de dois banhos por dia, sempre com água em temperatura amena. Os sabonetes e xampus devem ser neutros e sem perfume e não devem utilizar buchas. Logo após o banho, a pele deve ser hidratada ainda úmida. O alérgico pode tomar banho de sol, mas nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer. Após períodos na piscina ou praia, é preciso tirar a roupa molhada e tomar um banho, aplicando o creme hidratante em seguida. O protetor solar é fundamental e jamais deve ser esquecido. No verão, prefira roupas leves, evite tecidos apertados e de cores escuras. Os tecidos de algodão e malha são os indicados para quem tem dermatite, enquanto os sintéticos como a lycra ou jeans devem ser evitados.

Os alérgenos já comprovados com testes e exames anteriores devem ser evitados. Por exemplo, se o prick teste deu positivo para ácaros, fungos e pelos de animais, tudo isso deve ser evitado no chamado controle de ambiente. A ingestão de alguns alimentos também podem piorar a dermatite nos pacientes com quadros mais graves. Se a alergia alimentar for comprovada pelo médico, é preciso fazer a dieta de exclusão.

Hidratação adequada e continuada da pele

A base do tratamento da dermatite atópica é a hidratação, porém, esta deve ser feita de forma adequada e deve ser mantida mesmo quando o paciente estiver fora da crise. No mercado estão disponíveis diversos tipos de hidratantes e com preços igualmente variados. O mais importante é abusar do hidratante, ou seja, é melhor comprar um hidratante de valor acessível, mas usar de quatro a cinco vezes ao dia, do que investir num hidratante caro e economizar no uso. 

Existe uma técnica de hidratação da pele recomendada para pacientes com lesões crônicas que não melhoram com a hidratação comum. Trata-se da wet wrap (compressa úmida) e a técnica do pijama úmido. Funciona assim: À noite, após a aplicação da medicação prescrita pelo médico, o paciente deve passar uma grande quantidade de creme hidratante na lesão e enfaixar com atadura úmida e, por cima, acrescentar uma atadura seca e só retirar no dia seguinte. Essa técnica não pode ser usada no pescoço ou tórax pelo risco de sufocamento. 

A técnica é eficaz porque o creme hidratante passa a noite atuando na lesão. Por estar coberta, o paciente não consegue coçar. Na manhã seguinte a atadura costuma estar seca e a pele muito mais hidratada. O processo pode ser repetido por várias noites seguidas, até a melhora do quadro. Quando a lesão ocorre numa área extensa do corpo, aplica-se a mesma técnica, mas utilizando um pijama úmido e um pijama seco no lugar das ataduras. Ah, a técnica pode ser feita em crianças e você não precisa se preocupar porque não causa resfriados.

Para controlar a dermatite atópica são indicados medicamentos em alguns casos. Os corticóides tópicos ajudam a diminuir a inflamação e reduzir a coceira. A escolha de qual usar fica a critério do médico, que vai avaliar a intensidade e localização da lesão. Cremes são usados nas lesões agudas e as pomadas nas lesões crônicas. Uma grande vantagem é o baixo custo. Para os pacientes que sofrem com crises frequentes de dermatite a terapia proativa pode ser uma boa alternativa. Essa terapia consiste na aplicação 2 vezes por semana nos locais que costumam ter crise frequente. Os antihistamínicos são usados geralmente à noite por causarem sono, e funcionam na diminuição da coceira. 

Outra opção de tratamento da dermatite atópica são os inibidores da calcineurina, eles são imunomoduladores que têm ação parecida ao do corticóide tópico de média potência, mas sem os efeitos adversos. A desvantagem fica por conta do preço, que é bem mais alto do que dos corticóides.

Para controlar a dermatite atópica são indicados medicamentos em alguns casos. Os corticóides tópicos ajudam a diminuir a inflamação e reduzir a coceira. A escolha de qual usar fica a critério do médico, que vai avaliar a intensidade e localização da lesão. Cremes são usados nas lesões agudas e as pomadas nas lesões crônicas. Uma grande vantagem é o baixo custo. Para os pacientes que sofrem com crises frequentes de dermatite a terapia proativa pode ser uma boa alternativa. Essa terapia consiste na aplicação 2 vezes por semana nos locais que costumam ter crise frequente. Os antihistamínicos são usados geralmente à noite por causarem sono, e funcionam na diminuição da coceira. 

Outra opção de tratamento da dermatite atópica são os inibidores da calcineurina, eles são imunomoduladores que têm ação parecida ao do corticóide tópico de média potência, mas sem os efeitos adversos. A desvantagem fica por conta do preço, que é bem mais alto do que dos corticóides.

Existem casos específicos em que pode-se usar corticóides orais, mas por períodos curtos de tempo. A grande dificuldade deste tipo de tratamento é que os efeitos colaterais impedem o uso prolongado e, geralmente, as lesões aparecem novamente. Os imunossupressores orais como a ciclosporina, azatioprina e metotrexato são utilizados em casos de difícil controle. Esses podem ser usados por períodos prolongados, mas sempre com acompanhamento de perto pelo médico para controlar possíveis efeitos adversos.

Desde 2019 uma nova droga vem sendo comercializada no Brasil, a Dupilumabe (Dupixent). Essa substância promete revolucionar o tratamento de dermatites atópicas graves. No exterior já vem sendo usada há mais tempo, e apresentou melhora em dois terços dos pacientes que fizeram o tratamento. O grande problema está no custo elevado por aqui. Para usar este medicamento, o paciente deverá desembolsar cerca de 7 mil reais por mês de tratamento. A expectativa é que, em breve, os planos de saúde e governo viabilizem o tratamento para os pacientes.

Quem tem dermatite atópica têm chances maiores de complicações com infecção de pele por bactérias, fungos e vírus. Se a pele apresenta casquinhas, vermelhidão e secreção, provavelmente ocorreu uma infecção bacteriana secundária. Para esses casos, é necessário iniciar o tratamento com antibióticos, que podem ser tópicos ou sistêmicos, sempre receitados pelo médico. Em casos de infecção recorrentes, pode-se fazer o banho com água sanitária, porém sempre com recomendação médica.

A técnica consiste em diluir 160ml de água sanitária em uma banheira com água cheia até 10 cm e submergir o corpo por 10 minutos antes do banho convencional. Caso não tenha banheira em casa pode-se diluir 1 colher de sopa de água sanitária em 1 litro de água e usar um borrifador de plantas para jogar no corpo antes do banho, deixando também por 10 minutos. O objetivo é diminuir o número de colônias bacterianas na pele e diminuir as recorrências.